Santuário anuncia início da restauração das pinturas sacras

Santuário anuncia início da restauração das pinturas sacras

legenda: Restauradora Nilva Calixto no Santuário de Nossa Senhora das Dores

Fonte da Foto: Arquivo/Santuário de Nossa Senhora das Dores

Em sua página oficial em uma rede social, o Santuário de Nossa Senhora das Dores anunciou que a artista, pintora, desenhista, ilustradora, professora de artes e cartazista brasileira, Nilva Calixto, chegou em Avaré e já iniciou os trabalhos de restauração das pinturas sacras, a maioria do artista esloveno Francisco Paulovic, que decorou a primeira igreja matriz da cidade entre os anos de 1942 e 1947.

Nascida em Avaré, filha de pais de origem árabe e italiana, Nilva Calixto fez curso de recuperação de obras artísticas em Florença e Nova York e estagiou no Museu de Arte de São Paulo, entre os anos de 1972 e 1974, quando foi responsável pelo resgate de pinturas de mestres como Renoir, Van Gogh, Volpi e Portinari.

Em sua terra natal, a especialista lecionou por dez anos nas cadeiras de plástica, história da arte, evolução das técnicas de representação gráfica e desenho artístico na Faculdade de Ciências e Letras da Fundação Educacional Regional de Avaré (Frea).

Marcante em sua travessia pela via acadêmica foi a organização, em meados dos anos 1970, de congressos universitários de história em quadrinhos, eventos de nível internacional que atraíram para Avaré, cartunistas dos Estados Unidos, Itália e Argentina.

Célebre pelos trabalhos de pesquisa e restauração, Nilva Calixto também é uma premiada pintora. Em 2000, por encomenda da prefeitura, criou o painel “Djanira, via angélica” que ornamenta o Memorial da pintora em Avaré.

Histórico - Para conhecimento da população, a Secretaria da Cultura, apoiada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Condephac), promoveu em 19 de outubro de 2017, na Câmara Municipal, audiência pública para apresentar o projeto de restauro do Santuário Nossa Senhora das Dores, desenvolvido pelos restauradores Nilva Leda Calixto e Sylésio Soares. Ambos são respeitados por terem trabalhado na recuperação do Mosteiro de São Bento e nas igrejas históricas de Itu.

A audiência teve a moderação do pesquisador Gesiel Júnior e contou com a presença do secretário da Cultura, Diego Beraldo, do então presidente da Câmara, Toninho da Lorsa, do pároco do Santuário, cônego Alberto Campezato, e da presidente do Condephac, professora Valdirene Silva.

“Sabemos que o momento econômico é complicado, mas temos esperança de conseguir apoio do empresariado a fim de conservar a arte dessa igreja linda, que é o berço da cidade”, lembrou Diego Beraldo. “Estamos atrás de apoio financeiro para que o projeto seja concretizado”, completou o secretário.

Com aprovação do Ministério da Cultura para captar apoio da iniciativa privada, o projeto se destina à recuperação das pinturas sacras. Orçado em R$ 5,2 milhões, o projeto pode ser concluído em até 5 anos, segundo previsão dos restauradores, tempo necessário para restaurar afrescos espalhados por mais de 2.200 metros quadrados e fazer a impermeabilização das paredes do templo, incluindo o teto.

Lei Rouanet - A expectativa da Paróquia do Santuário é obter recursos junto a pessoas físicas pagadoras de Imposto de Renda (IR), que apresentam declaração completa, ou empresas tributadas com base no lucro visando a execução do projeto, conforme reza a Lei Rouanet.

“Os agentes incentivadores que apoiarem o projeto poderão ter o total do valor deduzido do imposto devido (artigo 18), dentro dos percentuais permitidos pela legislação tributária. Empresas, até 4% do imposto devido; pessoas físicas até 6% do imposto devido”, explicou Sylésio Soares. Em contrapartida, por exemplo, a marca das empresas apoiadoras é destacada nos materiais de divulgação dos projetos.

Para conhecer o projeto em detalhes e apoiar a iniciativa os interessados podem entrar em contato com Nilva Calixto pelos telefones (14) 3765-6150 ou 99631-0734.

Como doar – Para colaborar, basta fazer o depósito no Banco do Brasil, agência 6752-0 na conta corrente 9514-1, em nome de Sylésio Soares, proponente do projeto aprovado pelo Ministério da Cultura.

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