Vacinação contra a Paralisia Infantil prossegue até sexta-feira, 30

legenda: Cidade está com baixa adesão à campanha e secretaria faz alerta
Fonte da Foto: Internet - IlustrativaCrianças de 1 ano a menores de 5 anos continuam recebendo a vacina contra a Polimielite (Paralisia Infantil) até 30 de setembro.
O imunizante é ministrado de forma oral, por meio de duas gotinhas. "É a campanha do Zé Gotinha, onde não há uso de agulhas. Pais e responsáveis devem procurar a sala de vacina mais próxima de sua residência", ressalta a Secretaria Municipal da Saúde.
A vacina está disponível nos postos Bannwart, Bonsucesso, Posto Vera Cruz, Santa Elizabeth, Bairro Alto, Brabância, Flávio Negrão e Centro de Saúde I.
O atendimento ao público é das 8 às 11 horas e das 13 às 15 horas. É importante levar a carteira de vacinação da criança.
A cobertura contra a Paralisia Infantil está em 49%, alerta a pasta. Já para o público de 5 anos a menores de 15 anos está prevista a atualização da situação vacinal conforme o Calendário Estadual de Vacinação.
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Com baixa adesão à vacinação contra a poliomielite, Brasil vive risco de voltar a ter casos da doença, alerta Drauzio Varella
Em reportagem para o Fantástico, o médico conversa com especialistas e relembra os tempos em que o país vivia uma epidemia da doença, conhecida como paralisia infantil, uma história que mudou completamente com o desenvolvimento da vacina.
O Ministério da Saúde prorrogou até dia 30/09 a campanha de vacinação contra a poliomielite. Até agora, apenas metade das crianças que deveriam ter se imunizado compareceram aos postos e esses números têm piorado a cada ano no Brasil.
A última vez em que conseguimos ultrapassar a meta considerada ideal, de 95%, foi em 2015. No ano passado, esse número caiu para quase 75%.
Ao Fantástico, o doutor Drauzio Varella alerta para os riscos dessa situação e relembra os tempos em que o país vivia uma epidemia da doença, conhecida como paralisia infantil, uma história que mudou completamente com o desenvolvimento da vacina.
Drauzio: Você vê risco da poliomielite voltar ao Brasil?
Renato Kfouri, infectologista: O risco é real, Drauzio. Nós temos aí recomendações e avaliações da Organização Panamericana da Saúde, colocando o Brasil como de alto risco para a reintrodução aqui no continente americano. Os nossos números, que já não vinham bem, pioraram muito na pandemia.
Por que poliomielite volta a preocupar
Último brasileiro a ter poliomielite vacina filho e faz alerta a pais: ‘não podemos baixar a guarda, que o vírus pode voltar’
As crianças devem tomar cinco doses de vacina. As primeiras três doses como injeções - a primeira aos dois meses; a segunda, aos quatro; e a terceira, aos seis - e duas doses de reforço como gotinhas - uma aos 15 meses e outra aos quatro anos de idade.
O pediatra Carlos Brunini teve poliomielite aos seis meses. Nunca andou sem o auxílio de algum aparelho ortopédico e chegou a ficar dois anos deitado em uma cama, todo engessado.
"Fui fazendo tratamento corretivo, fiz 17 cirurgias. Dezessete, entre cirurgias e complicações de cirurgia. Hoje, a gente sai na rua e não vê uma criança de muleta, de cadeira de rodas, né? Então, parece que já não existe isso, que é coisa de antigamente. Não. A poliomielite está aí, e pode voltar", alerta.
O vírus da pólio foi encontrado recentemente nos esgotos de Londres e Nova York. Em julho, os Estados Unidos registraram o primeiro caso da doença depois de uma década; 33 países vivem surtos de pólio na África e na Europa.
Fonte: Fantástico