Uma avareense na produção do novo Saltimbancos

Uma avareense na produção do novo Saltimbancos

legenda: Ana Lígia Coradi e Dedé Santana

Fonte da Foto: facebook

Formada em Rádio e TV e apaixonada por cinema, a avareense Ana Lígia Coradi, filha do profissional do ramo de fotografia Edel Coradi, ingressou no mundo da sétima arte quando, em São Paulo, trabalhou na Produtora Edu Felistoque Filmes.

Hoje residindo no Rio de Janeiro, da então produtora, Ana Lígia já trabalhou em diversas produções do cinema nacional. Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood, com Renato Aragão, Dedé Santana e sua turma, que estréia no dia 19 de janeiro, conta com a dedicação da avareense. Na produção ela exerce a função de continuista.

Seu trabalho é muito importante dentro da produção, pois o continuista ou anotador é o profissional responsável por manter, durante as diversas cenas e montagens de produções televisivas e cinematográficas a harmonia do enredo, falas, sonoplastia e imagens.

Ele é responsável pelo espaço e tempo contado no filme, tornando o enredo verossímil ao espectador, e fazendo com que ele acredite na história. Figurino, objetos de cenas, ações, ritmo, tempo são coisas que o continuísta deve cuidar, para que não ocorram grandes falhas nos filmes.

É um assistente de direção, que ajuda a pensar nos enquadramentos, conhece o roteiro plenamente, participa dos ensaios, tem que conhecer bem os atores, dialoga com a equipe de arte, com a equipe de som, com a equipe de fotografia e, principalmente, com a de direção.

O continuista também deve estar atento ao tempo de cada take rodado, controlando e anotando a quantidade de rolo que já foi utilizada e a que ainda existe à disposição, avisando o diretor.

Novo Saltimbancos - De acordo com o colunista Rodrigo Fonseca, do Caderno Cultura do Jornal o Estado de São Paulo, mal começou o ano e já temos uma candidata ao posto de sequência antológica de 2017: a abertura de Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood, na qual Renato Aragão vai à festa do Oscar, nos EUA, buscar uma estatueta para Didi Mocó. Qualquer detalhe que se dê sobre ela é um convite a spoilers: o ideal, quando este poético exercício de lirismo do diretor João Daniel Tikhomiroff entra em circuito, é sacar quem está na plateia, quem apresenta os prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e, em especial, como se faz a locução dela no Brasil.

É uma crítica abrasiva num filme pautado pela doçura e pelo lirismo, que presta um tributo ao Cinema e ao Circo ao revisitar o clássico de Josip Brogoslaw Tanko (1906-1993). Aliás, não se trata de um remake e sim de um exercício de “revisitação”, repaginando situações e personagens, mas preservando o mesmo ambiente e a mesma premissa. Mesmo Didi não aparece com o perfil chapliniano padrão: o vagabundo errante de antes agora virou um autor, com a missão de escrever um musical para salvar o picadeiro que sempre chamou de seu
 

Apoiado no roteiro de Mauro Lima (diretor do sucesso Meu Nome Não é Johnny), Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood é uma espécie de Amarcord de Aragão, uma vez que permite a este mito – o maior mito masculino vivo do Brasil na telona – mergulhar em suas próprias memórias cinematográficas, usando-as não como um documento de época, mas como matéria-prima de sonho. A partir de um resgate do clássico de Tanko e da peça homônima dele derivada em 2014, cria-se um novo e lúdico produto, calcado numa aventura de Didi para manter seu circo de pé. A luta dele tem um algoz bem definido, o Prefeito Gavião, defendido pelo ladrão de cenas Nelson Freitas, que cria um vilão deliciosamente caricato.

As músicas que marcaram gerações estão todas lá, com arranjos novos. Mas Meu Caro Barão ainda faz chorar como antes.

10 Segundos - Outro filme que estreia nas telonas em 2017, 10 Segundos, longa que narra a trajetória de Éder Jofre, lenda do boxe, e que tem o ator Daniel de Oliveira no papel do pugilista, também conta com os trabalhos de Ana Lígia. 

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