Telas do pintor Ranchinho são doadas ao Museu Municipal

Telas do pintor Ranchinho são doadas ao Museu Municipal

legenda: Oferta inclui obra em que artista autodidata retrata sede de antiga propriedade rural de Avaré

Fonte da Foto: Instituto Internacional de Arte Naif

O patrimônio artístico da Estância Turística de Avaré foi enriquecido esta semana pela doação de uma série de óleos sobre tela do pintor Ranchinho.

"Decidi oferecer essas obras para o acervo do Museu Municipal "Anita Ferreira De Maria", pois são telas que podem futuramente integrar a pinacoteca que já está sendo projetada pela Secretaria da Cultura", declarou o juiz federal aposentado Benjamin Flávio de Almeida Ferreira.

Ao todo, são seis quadros, os quais em breve serão exibidos ao público. "Agradecemos ao doutor Benjamin, nosso amigo benfeitor, que já contemplou o nosso acervo com obras de Agostinho Batista de Freitas e de Clóvis Graciano, outros importantes artistas plásticos. Agora a arte do Ranchinho vai encantar muita gente pela sua originalidade", afirmou o diretor Gesiel Theodoro Neto.

Numa das telas doadas Ranchinho pintou a sede da Fazenda Olaria, antiga propriedade rural de Avaré, que pertenceu aos avós do doador, dona Mariquinha Lopes e coronel Diamantino Ferreira Inocêncio.

Trajetória

Pintor e desenhista autodidata, Sebastião Theodoro Paulino da Silva (1923-2003) era filho de agricultores radicados em Assis. Analfabeto, sobreviveu como catador de papéis, latas e garrafas, morando em ranchos abandonados, o que lhe valeu o apelido de Ranchinho.

Depois de aprender técnicas de guache e acrílica sobre aglomerado de madeira e participar de mostras individuais em Assis, Ranchinho expôs em galerias paulistanas e participou da 12ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1973, e da Bienal Nacional 76, também na capital paulista. 

Apresentou trabalhos em várias mostras de arte ingênua no interior paulista entre as décadas de 1970 e 1990, sendo premiado na Mostra Nacional de Arte Ingênua e Primitiva, na Galeria de Arte SESC de Piracicaba, em 1987; e na 4ª Bienal Naïfs do Brasil, no SESC Piracicaba em 1998.

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