Juridicamente falando, a palavra sindicato significa “associação de trabalhadores tendo como função defender os seus interesses e direitos profissionais e de sua cidadania”. Mas será que o músico brasileiro é considerado um trabalhador?

No caso do “Sindicato do Som” aqui de Avaré a coisa é mais ou menos assim. Trata-se de um grupo de amigos, uns com seus afazeres fora das notas musicais, outros vivendo o dia a dia nas partituras da vida, mas todos unidos num bem comum: a música, que é sim uma forma de trabalho de todos do grupo.

A ideia de formar o tal sindicato partiu do músico Kleber Lima, ou simplesmente “Binho”, que a partir da pandemia sentiu a necessidade de reunir os amigos músicos, classe de profissionais que foi uma das mais atingidas e sofridas com o coronavírus.

“Nada melhor do que juntar duas paixões nacionais, o futebol e a música, numa reunião que poderia ficar melhor ainda regada a um bom churrasco e uma cerveja gelada. E foi assim que nasceu o tal do Sindicato do Som, que começou há um ano, mais precisamente no dia 22 de janeiro de 2023, quando dezenas de músicos e amigos se reuniram e mataram a saudade contando velhas e novas histórias”, relembra Binho, que é guitarrista e trabalha numa loja de instrumentos musicais.

O músico ressalta que tudo começou sem pretensão nenhuma, mas que de lá para cá a união foi ganhando força e as reuniões foram acontecendo de forma periódica, sempre com maior adesão a cada encontro. “Tanto que conseguimos realizar uma grande festa no dia 19 de novembro do ano passado, no Centro Avareense, oportunidade em que mais de 120 músicos, familiares e amigos marcaram presença para jogar futebol e fazer aquilo que mais gostam: subir num palco e mandar ver. Foi uma coisa inesquecível! ”, exclama Binho.

Exatamente um ano depois, no último dia 22, domingo, o Sindicato do Som se reuniu para marcar a data e assim dar continuidade aos encontros que prometem ocorrer com mais frequência ainda em 2024. “Gostaria de citar o nome de cada um que tem participado nos encontros do sindicato, mas receio deixar alguém de fora e provocar um mal-entendido que poderia prejudicar nossas reuniões. Mas é só olhar as fotos que circulam nas redes sociais, quando nos reunimos, e identificar muitos dos protagonistas que ajudaram e ainda ajudam no fortalecimento do grupo”, conclui Binho.