Secretário responde sobre os R$ 142 mil para o Bailão do Largo São João

Secretário responde sobre os R$ 142 mil para o Bailão do Largo São João

legenda: Beraldo falou que o valor que consta da licitação é apenas uma reserva de recurso para quando o projeto voltar a ser realizado

Fonte da Foto: Internet/Montagem O Victoriano

Diante do assunto abordado na Câmara Municipal na sessão de segunda-feira (15) referente aos gastos de mais de R$ 142 mil com o Projeto Viva o Largo São João, o secretário municipal da Cultura Diego Beraldo usou as redes sociais para responder. A questão foi levantada pela vereadora Adalgisa Ward.

De acordo com Beraldo, o “Viva o Largo São João” é um projeto permanente. Sua execução, portanto, exige um procedimento licitatório que esteja válido para que não haja interrupções. O novo processo foi feito para suprir o contrato que se encerrou em maio. “Obviamente, por conta da pandemia, a Secretaria Municipal da Cultura não fez qualquer pagamento à empresa vencedora do certame, já que a atração está suspensa”, disse.

Ainda segundo o secretário, o objetivo da pasta é apenas e tão somente ter a licitação já concluída para quando o risco da pandemia for afastado pelas autoridades sanitárias. “Dessa forma, os frequentadores do famoso bailão não correrão o risco de ficar por ainda mais tempo sem a atração que já soma 27 anos e virou referência na estância turística de Avaré”, destacou.

Beraldo falou que os R$ 142,6 mil que constam da licitação são apenas uma reserva de recurso para tal finalidade. Salientamos ainda que o termo de referência que desembocou no processo assinado em maio foi iniciado em 19 de fevereiro, portanto antes do início da crise sanitária.

A pasta reitera que o serviço é pago por apresentação. Isso significa dizer que nenhum pagamento foi efetuado depois que a pandemia teve início. Ressalte-se, aliás, que os pagamentos referentes ao projeto estavam com sete meses de atraso quando a atual gestão assumiu o município.

Por ser uma tradição que já dura 27 anos, o processo licitatório traz algumas especificações que a Secretaria Municipal da Cultura considera relevantes para fazer jus à proposta. Entre elas a estão exigência de que as bandas sejam de Avaré, contem com no mínimo quatro integrantes e não utilizem dispositivos pré-gravados. Além disso, o valor a ser pago a cada grupo pela empresa é de ao menos R$ 400 por apresentação.

A empresa vencedora também não pode repetir a mesma banda em edições seguidas e deve disponibilizar sonorização, locutor, técnico de som e um monitor, entre outras exigências.

“Senhora vereadora, o setor de eventos somente no ano anterior foi responsável por 4,32% do PIB Nacional, já imaginou quantas pessoas ganham o seu sustento em projetos como este? Sabe o valor de um acordeon (sanfona)? Anos de estudos da Música. Acha muito o valor investido no projeto? No projeto atual do Largo São João temos 4 Grupos Fixos, prestando os serviços. São Eles: Elite de Forró - Sr. Dorival Almeida, Irmãos Rodrigues, Amigos da Música e Alegrando a Moçada - Luiz Miguel. Todos avareenses, que há mais de 90 dias estão sem poder trabalhar, e consequentemente sem receber. Fez alguma coisa por eles, por outros, ou pela Cultura? O que precisamos para os nossos artistas e pessoas que sobrevivem da arte e eventos é ajuda”, finalizou Beraldo em resposta a vereadora Adalgisa.

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