Secretário comenta a questão da venda do Horto de Avaré

legenda: O assunto veio à tona depois da publicação de um chamamento público feita pelo governo do estado, no último dia 17
Fonte da Foto: InternetA notícia veiculada pelo site O Victoriano na última semana, falando sobre a colocação à venda da área do Horto Florestal de Avaré, caiu como uma bomba e provocou inúmeros comentários nas redes sociais entre outros meios de comunicação.
O assunto veio à tona depois da publicação de um chamamento público feita pelo governo do estado, no último dia 17, para atrair interessados em concessões e em aquisições em 34 áreas do Instituto Florestal, dentre as quais a do Horto de Avaré.
Muitos foram os comentários relativos às possibilidades de venda ou concessões de áreas como a do Horto Florestal de Avaré e ainda de outras áreas situadas na região, como as florestas de Águas de Santa Bárbara, Manduri, Paranapanema e Piraju. Entretanto, a publicação feita no Diário Oficial do Estado do dia 17 de janeiro de 2017, deixa clara as intenções do governo do estado: “Com bases nas autorizações legislativas, a Secretaria do Meio Ambiente (SMA) busca parcerias para concessão de uso destas unidades, visando a exploração comercial madeireira ou de subprodutos florestais associada a melhoria de gestão, manejo florestal e conservação ambiental, ou ainda, interessados para sua aquisição, no todo ou em parte".
SECRETÁRIO COMENTA
Procurado pela reportagem do O Victoriano ainda na última sexta-feira, 27, o secretário municipal do Meio Ambiente de Avaré, Judésio Borges, não foi encontrado para falar do assunto em seu gabinete, mas houve retorno por parte da assessoria informando que ele se pronunciaria tão logo se inteirasse do caso.
Nesta terça-feira, 31, Borges declarou ao O Victoriano que conversou com o prefeito Jô Silvestre sobre a questão do horto e recebeu determinação para realizar tratativas no sentido de conseguir concessão para exploração daquele que é um dos principais pontos turísticos da cidade.
“O prefeito determinou que eu realize essas tratativas com intuito de municipalizar não só a área no entorno do lago, mas também as trilhas que são utilizadas pelos frequentadores do horto. Será uma grande conquista do governo Jô Silvestre”, disse o secretário Borges.
PREOCUPAÇÃO
O que mais preocupa os ambientalistas com esse chamamento público feito pelo governo do estado é a questão da exploração comercial madeireira ou de subprodutos florestais que muitas vezes é feita de forma agressiva e sem nenhum tipo de fiscalização.
E já houve isso na área da Floresta de Avaré no início da década (2010), quando as derrubadas de inúmeras árvores foram realizadas com determinação da própria direção do horto, sob alegação de que “o horto é uma reserva de extração e não de preservação, e que a derrubada das árvores estava sendo feita para obtenção de dividendos para serem aplicados nas áreas de preservação”.
O que chamou a atenção dos ambientalistas naquela época foi o fato de nunca ter havido extração em grande escala ao longo dos anos na área da Floresta de Avaré, e muitas pessoas afirmaram que o barulho das motosserras era constante e persistiu por vários dias. O desmatamento só teria cessado depois que a imprensa e órgãos ambientalistas denunciaram o suposto crime ambiental.