A postagem feita pelo médico Rafael Feiz Nardinelli em sua página social do Facebook, nesta sexta-feira, 13, deixa em alerta o setor de saúde de Avaré diante da gravidade da situação. Segundo ele, que é plantonista na Santa Casa de Misericórdia, não existem médicos disponíveis à população no chamado plantão de retaguarda, ou seja, no caso de alguma cirurgia de urgência/emergência proveniente do Pronto Socorro Municipal, nenhuma equipe estaria à disposição da população que depende do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Acabo de sair do plantão na Santa Casa! Não sei se é de conhecimento da população mas a cidade esta SEM RETAGUARDA DE CIRURGIA GERAL ! Os médicos cansaram de ser desrespeitados ! O ano de 2016 foi marcado por um descaso absurdo com varias equipes médicas de nosso hospital, referencia pra mais de 17 municípios ! Os médicos que por anos defenderam a cirurgia da Santa Casa pediram suspensão das atividades desde dezembro do ultimo ano, mandaram diversos documentos avisando das condições de trabalho inadequadas e do possível desligamento, procuraram ajuda no ministério publico e na promotoria da saúde e INFELIZMENTE , apos nada ser resolvido suspenderam suas atividades em 1/1/2017!  Estamos há 13 dias sem CIRURGIÕES e hoje coincidentemente sexta feira dia 13 a saúde de avaré esta um verdadeiro TERROR ! Ao excelentíssimo Sr Prefeito, ao excelentíssimo secretário de saúde e ao digníssimo provedor da Santa Casa aqui vai um APELO !

POR FAVOR RESOLVAM A QUESTÃO DA EQUIPE DA CIRURGIA ! E INADMISSIVEL ISSO ! Uma Santa Casa sem cirurgião ! ESTA MORRENDO GENTE ! ESTA MORRENDO GENTE ! POR FAVOR AJUDEM ! “

Dr. Rafael Feiz Nardinelli

PROVEDORIA DA SANTA CASA

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Avaré, Miguel Chibani Bakr, informou à reportagem do O Victoriano que o médico Rafael Nardinelli, que não é atendente do SUS, apenas fez um desabafo em defesa da sua classe já que estava deixando o plantão sabendo que a cidade fica vulnerável nessa questão de cirurgia geral.

“A Santa Casa não é a responsável pelo atendimento de urgência e de emergência. Esses profissionais quem contrata é o município. O novo secretario pediu 90 dias de prazo para estabelecer um contrato, todas as demais especialidades aceitaram, menos a dos cirurgiões”, informou Chibani.

O provedor observa que o nome da Santa Casa foi usado de forma indevida, ressaltando ainda que “não soube de nenhuma morte ocorrida por falta desses especialistas”.