Professora do IFSP de Avaré desenvolve defensivo agrícola de baixo custo

Professora do IFSP de Avaré desenvolve defensivo agrícola de baixo custo

legenda: O custo de uso para um hectare - equivalente a 10 mil metros quadrados - é de apenas R$ 25.

Fonte da Foto: Arquivo Pessoal

Pensando em oferecer um defensor agrícola ecologicamente correto e de baixo custo, uma professora do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de Avaré (SP), em parceria com uma empresa produtora de proteínas orgânicas, desenvolveu um bioinsumo, produzido a partir de bactérias e fungos, que está ajudando produtores rurais da região com o controle de pragas e doenças.

De acordo com Marcela Bagagli, desenvolvedora da metodologia, esta forma de combater pragas é benéfica tanto para o solo quanto para a saúde humana e pode substituir o uso de agrotóxicos nas lavouras.

"O impacto deste produto na saúde humana, se feito com controle de qualidade, é muito baixo, perto da exposição que um produtor tem quando aplica defensivos químicos. Melhora a saúde do agricultor e das pessoas que vão consumir o alimento", ressalta Marcela.

Diferentemente dos produtos químicos, que contaminam o solo por tempo indeterminado, os bioinsumos são compostos, em sua maioria, por microrganismos que já estão presentes na terra, explica a professora, acelerando a eficácia do produto, equilibrando a saúde da cultura e estimulando o crescimento das plantas pelas raízes.

O uso dos bioinsumos favorece, principalmente, o cultivo de alimentos orgânicos - frequentemente atacados por pragas e doenças, salienta Marcela.

Manejo

Para o produtor rural, o custo para utilizar o produto a cada hectare - equivalente a 10 mil metros quadrados - é de R$ 25. Ao g1, o agroecólogo e servidor do IFSP que atua no Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Luciano Delmondes, contou que uma vez prontos para a extração, os produtores podem aplicar o bioinsumo com tratores ou de forma manual.

"Eles recebem um kit contendo o biológico puro, uma garrafa com um meio de cultivo - [algum] tipo de arroz cozido - e o galão. Depois de uns dias, o agricultor pode fazer a extração e aplicar no cultivo que estiver com problemas de pragas ou doenças", explica Luciano.

Em um vídeo de divulgação do projeto nas redes sociais, Marcela conversa com um dos agricultores que testaram o produto tecnológico e relata resultados positivos na produção.

Para mais informação de como obter o defensivo natural, os interessados podem entrar em contato com o IFSP de Avaré através do telefone (14) 3514-0094.

Luciano também conta que o IFSP, além de incluir os alunos no projeto, é responsável por manter as cepas de bactérias limpas em um laboratório e entregar uma alíquota mínima de 5 mililitros à produtores, que reproduzem nas propriedades

Fonte: G1 Itapetininga e Região

 

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