Novos estudos arqueológicos foram realizados em Avaré

Novos estudos arqueológicos foram realizados em Avaré

legenda: Algumas pesquisas arqueológicas já foram feitas no município: há registro do sítio Avaré, associado a aldeias ceramistas horticultoras

Fonte da Foto: A Lasca Arqueologia

Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Avaré, para realizar os estudos de campo referentes ao Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Brisas Avaré, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 44, de 19/07/2021.

Paralelamente, em parceria com a Aparelhos Educativos e Culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.

ESTUDOS SÃO NECESSÁRIOS? - Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.

INFORMAÇÕES SOBRE A REGIÃO - A área do estudo faz limite com Paraná, nas proximidades da bacia hidrográfica do Médio Paranapanema, com significativo atrativo para a ocupação humana em tempos pretéritos. Os estudos arqueológicos no Estado de São Paulo falam em dois períodos distintos: um primeiro, mais antigo, de grupos caçadores-coletores, que realizavam a coleta de vegetais, a pesca e a caça, como atividades econômicas predominantes, associados às Tradições: Umbu, com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra), como raspadores, furadores, talhadores e lâminas de machado, polidas e finamente trabalhadas; e Humaitá, com produções mais robustas, feitas com blocos ou seixos. Já no segundo período, um pouco mais recente, de grupos horticultores-ceramistas, há registros das Tradições Tupiguarani, com produção de cerâmicas de base arredondada pintadas em preto e vermelho sobre engobo branco; e Itararé, com vasilhames pequenos, em coloração escura, com paredes finas e bem alisadas. Um elemento característico desse grupo são as casas subterrâneas, muito profundas e de formato circular.

BEM CULTURAIS - Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. O município de Avaré possui três bens tombados, isto é, protegidos por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat. São eles: Conjunto da Estação Ferroviária de Avaré; E.E. Matilde Vieira; Antigo Fórum.

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS - Algumas pesquisas arqueológicas já foram feitas em Avaré. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, há registro do sítio Avaré, associado a aldeias ceramistas horticultoras.

A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade: Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo; telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913.

COM INFORMAÇÕES DO JORNAL A COMARCA

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