Museu homenageia o índio com mostra sobre a cultura caiuá

Museu homenageia o índio com mostra sobre a cultura caiuá

legenda: Mostra ocorrerá até o dia 28 de abril

Fonte da Foto: Gesiel Júnior

“Vestígios da cultura caiuá entre nós”. Este é o nome da mostra aberta esta semana no Museu Histórico Anita Ferreira De Maria para homenagear o Dia do Índio, festejado em 19 de abril. Até o dia 28 de abril o público terá oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os caiuás, indígenas que habitavam o Sertão do Rio Novo e eram os nativos da região de Avaré. 

O Museu do município guarda e conserva peças e utensílios dos antigos silvícolas, como arcos, flechas, cocares e até duas urnas mortuárias. A montagem da mostra contou com a colaboração dos servidores Oswaldo Moreira e Sandra Greguer. 

“Expor aspectos da cultura caiuá é mostrar aos avareenses, principalmente aos estudantes, as nossas próprias raízes, revelando como era o ambiente e os costumes do povo nativo que escreveu a pré-história de Avaré”, destaca a secretária da Cultura, Juliana Mancini Aurani.

Durante esta semana a mostra já foi visitada por algumas classes de alunos da rede municipal de ensino. Para marcar visitas é só entrar em contato com a equipe do Museu pelo telefone 3733-3046.

RESGATE - Na região de Avaré, de acordo com dados do Boletim da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, editado em 1890, os Caiuás viveram em maior número. “Podem ser, com efeito, considerados os avareenses de fato, mas que perderam esse sagrado direito por terem sido expulsos de suas terras pelos sertanistas”, observa o pesquisador Gesiel Júnior. 

“Descendentes de grupos dos Tupis do Sul, aqui viviam em paz com a natureza. Caçavam, pescavam e colhiam frutos e raízes, cultivavam o milho e a mandioca em pequenas roças, apenas para o consumo da tribo”, comenta. Ele diz que informações sobre esse povo há poucas. A falta de fontes escritas e o próprio processo de dizimação das culturas indígenas acabaram limitando as possibilidades de estudá-las.

“O que se sabe é que os Caiuás formavam pequenos agrupamentos. A presença da aldeia era temporária e todo o seu contingente era dividido entre seis a dez casas, sendo que cada uma delas poderia variar de tamanho e comprimento de acordo com suas necessidades materiais e culturais”, afirma o pesquisador.

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