Cinema de Avaré oferecerá exibição para crianças autistas

Cinema de Avaré oferecerá exibição para crianças autistas

legenda: Se adequando a nova lei, Cine Uniplex exibirá Frozen II nesta quinta-feira

Fonte da Foto: Internet

Uma boa notícia para quem tem um pequeno ou pequena com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A exemplo do que já acontece em algumas salas do Rio de Janeiro, Niterói, Vila Velha, Goiânia e Brasília, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), acaba de sancionar uma lei que garante que os cinemas da cidade ofereçam, pelo menos uma vez ao mês, uma sessão adaptada a crianças e adolescentes com TEA e suas famílias.

Atendendo ao pedido de algumas mães e já se antecipando a uma possível aprovação de uma lei a nível estadual e até mesmo municipal, o Cine Uniplex de Avaré oferece uma Sessão Azul nesta quinta-feira (23), com ingressos a R$ 12,00, pipoca a R$ 6,00 e refrigerante a R$ 5,00. Na ocasião, acontecerá a exibição da animação infantil Frozen II.

Nas sessões, as luzes devem estar levemente acessas, o volume de som reduzido e a circulação dos espectadores pelo interior da sala deve ser liberada, assim como a entrada e a saída durante a exibição do filme. Pela lei também não pode haver trailers com publicidade comercial antes do filme.

Em São Paulo a lei 17.272/20 foi publicada no dia 15 de janeiro de 2020 no Diário Oficial e entra em vigor no prazo de 90 dias. O estabelecimento que não cumpri-la levará uma advertência e, se repetir, uma multa de R$ 3 a R$ 10 mil, até a interdição do local.

Esse tipo de exibição adaptada aos pequenos com TEA já acontece em alguns cinemas e teatros do Brasil. É a Sessão Azul, idealizada pelas psicólogas Carolina Salviano de Figueiredo e Bruna Manta e pelo gerente de projetos Leonardo Bittencourt Cardoso.

SESSÃO AZUL - Uma sessão de cinema com som mais baixo, luz acesa, onde é permitido entrar e sair quando quiser, dar um passeio pela sala, conversar e sorrir. Essa é a Sessão Azul, criada com a proposta de realizar sessões de cinema e outros passeios adaptados para crianças com distúrbios sensoriais e suas famílias. E o mais legal é que o objetivo principal é que as sessões funcionem como uma extensão ao trabalho terapêutico realizado com a criança e aumentem o engajamento dos pais no processo de tratamento.

COMO SURGIU? - ​Após anos escutando, observando e vivenciando experiências de famílias de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), os idealizadores Carolina Salviano de Figueiredo (Psicóloga), Bruna Manta (Psicóloga) e Leonardo Bittencourt Cardoso (Gerente de Projetos) identificaram vários casos em que familiares deixavam de ter um maior convívio social por receio ou, em algumas circunstâncias, até mesmo receio da reação do autista em situações que para ele talvez não sejam tão confortáveis.

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