legenda: Detalhe da imagem centenário do santo negro em Avaré

Foto Fonte: Arquivo pessoal

Na noite desta sexta-feira, 12 de maio, os devotos de São Benedito festejam o primeiro centenário do culto oficial a um dos santos mais populares do Brasil na cidade. Logo mais às 19h30, excepcionalmente, a igreja matriz, que está em obras, será aberta para missa solene seguida do descerramento de placa comemorativa e do marco histórico, além de abraço simbólico dos fiéis no templo. 

 “Desde 2014 estamos preparando esse centenário para celebrá-lo como um jubileu, tempo de renovarmos o compromisso de imitar o exemplo de São Benedito, que soube seguir Jesus Cristo numa vida de pobreza, de castidade e de obediência”, afirmou padre Ademar Domingos Roma, pároco da segunda paróquia de Avaré, criada em 1960.

HISTÓRIA - Embora o frade negro siciliano já fosse conhecido dos avareenses desde 1881, ano da fundação da Irmandade de São Benedito pelo alferes Maneco Dionísio, a Igreja Católica aprovou o seu culto em 1917, concretizado por meio da construção de uma capela em terras doadas pelo coronel João Cruz, fazendeiro e devoto do santo cozinheiro, que era filho de escravos africanos.

Desde 2015, a matriz passa por obras de remodelação litúrgica no seu interior. O templo, erguido entre as ruas Piauí e Mato Grosso, se acha na fase da recuperação de seu exterior e deverá ficar pronto até o final deste ano, graças ao apoio da comunidade através de campanhas e promoções.
 

Para marcar os cem anos da devoção a São Benedito um livro histórico escrito pelo pesquisador Gesiel Júnior relata os principais episódios da caminhada paroquial principiada em 1917, quando o primeiro bispo de Botucatu assinou a provisão autorizando a ereção da igreja que teve como lideranças os padres Celso Ferreira, Paulo Goecke e Jacob Augustyn, figuras emblemáticas do catolicismo avareense.