Oposição é contra centralização de farmácia municipal

Oposição é contra centralização de farmácia municipal

legenda: Marialva Biazon e Flávio Zandoná alegam que projeto pode prejudicar o atendimento à população

Fonte da Foto: Câmara Municipal

Conforme antecipado pela Comarca em sua última edição, o governo Jô Silvestre pretende transferir as farmácias dos postos de saúde para um único local. Devido à falta de profissionais farmacêuticos na rede pública municipal, o prefeito Jô Silvestre e o secretário municipal de Saúde Roslindo Wilson Machado estudam a possibilidade de concentrar num único local da cidade a distribuição de medicamentos.

O anúncio foi feito próprio secretário Roslindo, durante entrevista a uma emissora de rádio.  A proposta não foi vista com bons olhos pelos vereadores da oposição, que lançaram duras críticas ao governo durante sessão ordinária de segunda-feira, 15. 

PREJUIZOS NO ATENDIMENTO – Secretária da Saúde durante a gestão Rogélio Barchetti, a vereadora Marialva Biazon entende que o projeto de centralização diminui significativamente as despesas no município, no entanto, o atendimento à população pode ser prejudicado. “Algumas pessoas se consultam no posto do bairro Jardim Paraíso, lá ela é atendida e tem que buscar o medicamento em outro lugar (...). Há bairros longínquos onde as pessoas não têm condições de se deslocar”. O discurso da parlamentar também condena a declaração de Roslindo Machado durante entrevista a uma emissora de rádio. No entendimento dele, as pessoas percorrem “dez ou quinze quilômetros para irem a festas” e que “andar um pouco para pegar medicamentos não seria  um grande problema. “Ele não está pensando na população idosa, na população que não pode se descolar, pessoas que têm dificuldades. É uma atitude totalmente absurda”, destaca Marialva.

SITUAÇÕES DISTINTAS – Para Flávio Zandoná, o argumento de Roslindo é incoerente, visto que “ir em festa” e “buscar medicamentos” são situações que representam estados diferentes. “Quando a pessoa está bem é uma coisa, agora quando ela está doente, ela não tem como andar dez quilômetros. Fica aí minha indignação. Não sei se realmente vai ser feita essa farmácia única, mas acho que devemos pensar na população dos bairros mais distantes que precisam de medicamentos. A saúde precisa esta próxima da população e não mais distante”, conclui. 

Fonte: Jornal A Comarca

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