Nível da Represa de Jurumirim continua baixando

Nível da Represa de Jurumirim continua baixando

legenda: Placas alertando os banhistas foram instaladas na orla da praia

Fonte da Foto: Divulgação

Apesar da mobilização de vários prefeitos, que chegaram a emitir uma carta repudiando a queda abrupta no nível das águas da Represa de Jurumirim, supostamente provocada pela abertura das comportas, as margens do reservatório têm mantido um recuo contínuo, o que vem preocupando não só as autoridades, mas principalmente moradores dos loteamentos de lazer, frequentadores e proprietários dos hotéis.

A chegada do período de Carnaval, que atrai muitos turistas, também deixa todos muito preocupados com o recuo das margens do principal cartão postal da região, o que afeta vários municípios, como Avaré, Angatuba, Paranapanema, Arandu, Cerqueira Cesar entre outros. 

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura de Avaré em conjunto com outros 6 municípios da região, emitiu nota de repúdio à empresa CTG Brasil, concessionária que atualmente responde pela exploração comercial das águas da Represa de Jurumirim. A nota assinada pelos prefeitos de Avaré, Arandu, Cerqueira César, Itaí, Itatinga, Paranapanema e Taquarituba, diz que “a CTG Brasil por conta dos aparentes danos ambientais causados pela alta vazão do reservatório, provocando acentuada baixa do nível das águas, o que está prejudicando todo o ecossistema do entorno.

A redução do volume da represa impacta diretamente no desenvolvimento regional, pois atinge as atrações turísticas que tem relação direta com os recursos hídricos que integram a bacia de Jurumirim”. 

O documento, segundo o secretário municipal do Meio Ambiente de Avaré, Judésio Borges, foi enviado ao Ministério do Meio Ambiente, à Agência Nacional de Águas (ANA), à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ao Ministério Público Federal e para o Comitê daBacia do Alto Paranapanema (Alpa), pedindo providências urgentes.

DESVALORIZAÇÃO - Além do prejuízo ambiental, a baixa no nível da represa também compromete o setor imobiliário, segundo apurado pelo jornal Comarca junto a corretores. Eles afirmam que a queda no preço de um imóvel localizado às margens da represa pode chegar a 20%, em períodos que ocorrem esvaziamentos.

Tem lugares que o recuo das águas é tanto que dá até para atravessar de um lado para o outro a pé. Em outros pontos, a navegação fluvial é prejudicada pelo surgimento de troncos e galhos de árvores que ficaram submersas com o surgimento da represa.

RESPOSTA DA CTG - Em resposta à nota de repúdio, a CTG afirmou que A CTG Brasil esclarece que “os níveis de vazão dos reservatórios das usinas de Jurumirim e Chavantes são determinados por um órgão regulador, o Operador Nacional do Sistema (ONS). A empresa mantém as operações de suas hidrelétricas em conformidade com os despachos da entidade, que coordena o uso de água para a produção de energia, a utilização dos reservatórios e a abertura de comportas dos vertedouros de todas os empreendimentos de geração elétrica do País.

As decisões do ONS levam em consideração, além do uso múltiplo do reservatório, os níveis dos demais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN). Vale ressaltar que a companhia mantém análises constantes das águas de suas represas.

Com isso, é possível afirmar que a operação das usinas não traz prejuízos ao meio ambiente e à fauna aquática, e o nível do reservatório não afeta a população de peixes da região. Para informar a população sobre a previsão de chuvas e a possibilidade de baixo nível dos reservatórios, a CTG Brasil realizou, no final de 2018, encontros com as comunidades e continua disponível para esclarecer qualquer dúvida dos moradores da região por meio do número 0800 770 2428”.

Fonte: Jornal A Comarca

 

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