Museu abre micro exposição de telas de Agostinho Batista de Freitas

Museu abre micro exposição de telas de Agostinho Batista de Freitas

legenda: Pintor primitivo também é tema de mostra no MASP

Fonte da Foto: Secretaria da Cultura

“Avaré na arte naïf de Agostinho Batista de Freitas”. Esse é o título da pequena mostra aberta nesta sexta-feira (31), no Museu Histórico Anita Ferreira De Maria, que fica no bosque da Central Avareense de Integração Cultural (CAIC). O evento, que poderá ser visitado pelo público até o dia 13 de abril, acontece simultaneamente com a exposição monográfica de 74 trabalhos desse pintor de rua no Museu de Arte de São Paulo (MASP), a primeira organizada por uma instituição brasileira em mais de 25 anos.

Artista popular, Agostinho Batista de Freitas (1927-1997) esteve em Avaré nos anos de 1970 e 1973, quando incentivado por amigos, pintou praças, prédios, fazendas e vistas panorâmicas da cidade.

A ideia da mostra, singela, obteve a aprovação da Secretaria Municipal da Cultura. Reúne apenas sete telas: uma que pertence ao acervo do próprio Museu, outras três doadas ao patrimônio artístico do município pelo colecionador Benjamin Flávio de Almeida Ferreira e mais três cedidas gentilmente por empréstimo pela professora Maria Margarida Piedade Novaes.

Montada na entrada do Museu Histórico, por iniciativa dos servidores Oswaldo Moreira e Gesiel Júnior, a micro exposição que homenageia a obra de Batista de Freitas pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h, com entrada gratuita.

PINTOR NAÏF – Classificado como artista naïf, por não ter formação acadêmica, Agostinho Batista de Freitas, filho de portugueses, nasceu em Paulínia, região de Campinas, onde trabalhou no campo até se mudar para São Paulo, aos 11 anos. Trabalhava como eletricista e desenhava nas horas vagas. No início dos anos 1950, enquanto vendia seus trabalhos no centro da capital, conheceu Pietro Maria Bardi (1900-1999), diretor fundador do MASP. Na ocasião, Bardi encomendou uma pintura que retratasse a metrópole vista do topo do prédio do Banespa, obra que a seguir exibiria na primeira individual do artista, realizada no MASP, em 1952.

Com destaque Agostinho participou da 33ª Bienal de Veneza, em 1966, representando o Brasil ao lado de artistas conhecidos. Convidado, ele veio a Avaré a convite do acadêmico Israel Dias Novaes, quando produziu obras retratando os cenários urbano e rural.

Em 2012, o advogado Benjamin Ferreira, doou à Prefeitura três quadros do artista para o acervo municipal, obras essas que agora fazem parte da mostra “Avaré na arte naïf de Agostinho Batista de Freitas”, pensada para sincronizar a homenagem feita a ele merecidamente pelo MASP.

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