Atraso na reforma de teatro em Avaré incomoda atores e moradores

Atraso na reforma de teatro em Avaré incomoda atores e moradores

legenda: Desde 2011, o Teatro Municipal Doutor Octávio Morales Moreno está fechado para reformas

Fonte da Foto: Reprodução/TV Tem

Desde 2011, o Teatro Municipal Doutor Octávio Morales Moreno está fechado para reformas em Avaré (SP). Atualmente, o local apresenta vidro quebrado, chão sem piso e telhado sem forro.

A comerciante Linea Bricoletti dos Santos conhece a história do local, já que ela participou da cerimônia de inauguração em 1996 e lembra das apresentações que o teatro recebeu.

“Teve a inauguração, o concerto de um pianista famoso da cidade. Eu assisti ao show, em contrapartida teve uma exposição de pintura que também participei”, lembra Linea.

A TV TEM mostrou em maio de 2015 a situação do teatro. Na época, a prefeitura disse que as obras feitas são por exigência do Corpo de Bombeiros para melhorar a segurança do local e afirmaram que até novembro de 2015 as obras seriam finalizadas.

No entanto, mais de três anos se passaram do prazo dado pela prefeitura para a entrega da reforma do teatro. Enquanto isso, moradores e atores lamentam pelo espaço estar fechado.

O Fellipe Diego e o Rafael Montanha são atores e atualmente eles ensaiam no anfiteatro do Centro Cultural Ester Pires Novaes, que também é da prefeitura, mas afirmam que sentem falta da boa estrutura do teatro.

“Em Avaré existiam várias companhias ativas, formadas dentro de escolas que desenvolviam o trabalho dentro do Teatro Municipal em outros momentos. Hoje em dia por descaso e crença de que o Centro Cultural pode suprir a falta do teatro, vemos o teatro nesta situação”, afirma Fellipe.

“No teatro municipal tem a acústica correta, coxia, cortina, camarim, saguão e existe todo o suporte que uma peça de teatro precisa. O Centro Cultural tem salas, um grande auditório que não supre a necessidade. Não é a mesma coisa”, diz Rafael Montanha, diretor de teatro.

Em nota, a Prefeitura de Avaré disse que uma placa que cita a reforma em dezembro de 2012 trata-se de um projeto da gestão da época, que não foi concluído.

Informou que com as observações apontadas por vistorias do Corpo de Bombeiros, o local passaria de 220 lugares para menor de 100 e que o palco do auditório Elias de Almeida Ward, que tem capacidade para 220 lugares, atende as demandas de espetáculos teatrais na cidade.

A prefeitura disse ainda que a área desativada do Teatro Municipal deve ser adequada até o primeiro semestre de 2020 para a implantação de uma pinacoteca.

Sobre os espaços aos grupos teatrais, a prefeitura afirmou que faz estudos para adaptar o prédio que abrigava a Reciclarte, que faz parte do Centro Cultural.

O secretário de Cultura da época, Gilson Câmara, informou que as duas primeiras fases da reforma, que incluíam adequações de combate a incêndio e reformas da estrutura do teatro e Centro Cultural, foram concluídas. A terceira fase, segundo ele, era específica do teatro e não foi terminada.

Fonte: G1 Itapetininga e Região

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